Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Descriminalização das drogas não passa de uma ideia patife

Originalmente postado em 29 de outubro de 2009 alguns dados podem não estar atualizados.

Eu leio muitos foruns de jornais principalmente o do jornal O Globo. E invariavelmente leio posts dos defensores da liberação das drogas, com o argumentos que confundem fatos e até invertem valores de que a descriminalizarão da maconha eliminaria (ou aliviaria) o tráfico e a violência nas grandes cidades e capitais. Além de que a produção legalizada geraria novos impostos.

Sinceramente ao pensar friamente podemos até por um segundo fraquejar na nossa capacidade de raciocinar e achar que há fundamento nessa teoria. Os defensores sempre citam: "ah mas em Amsterdã fizeram isso, e lá funciona"

Será verdade?

Primeiro vamos analisar os casos:

Até Junho de 2009 estima-se que a população de Amsterdã seja de 761,262 habitantes.

Em São Paulo a estimativa é de: 11.037.593 de habitantes. Na cidade do Rio de janeiro é de 6.186.710. Digamos que por um milagre amanhã toda nossa população tivesse a mesma taxa de escolaridade média e ganhasse a mesma média salarial do amesterdanês talvez a teoria pudesse ter fundamento.

Vale lembrar que em Amsterdã os locais onde o consumo de drogas leves é liberado é em cafés e prostibulos no centro da cidade, mas tal paraíso tem outra face.

Entre os holandeses o consumo das drogas diminuíu, mas criou problemas graves de criminalidade entre os mais pobres e os turistas.

A cidade virou um templo mundial do consumo de heroína, cocaína maconha. O número de viciados, que dependiam do apoio do governo holandês cresceu imensamente, fazendo com que os recursos de outras áreas tivessem que ser direcionados ao tratamento de viciados.

Veja nessas matérias:


O fato é que a experiencia Holandesa se tornou em um grande fracasso, pois o que conseguiram foi atrair uma legião de maconheiros de todo o mundo e legalizar o crime organizado que explora a venda de drogas e a prostiução. Culminando com a decadência do centro. Atualmente os governantes de Amsterdam estão se esforçando em diminuir essas facilidades para adquirir e consumir drogas. O mesmo acontece na Suiça.

Vejamos meus amigos eu estou falando de Amsterdã, ou Amsterdan aos que se sentirem incomodados.

Então creio que o exemplo usado pelos defensores chincheiros não iria dar certo no Brasil pelas mazelas já conhecidas de educação, saúde, segurança e emprego por aqueles que estejam minimamente sóbrios. Em poucas palavras: é algo idiota!

Estamos assistindo ao crescimento do consumo da mais mortal das drogas em nosso país: o crack, me preocupa muito esse tipo de pensamento vindo de gente supostamente esclarecida quando começam a pipocar casos de jovens mortas, pelos seus namorados viciados na dita cuja da pedrinha do mal, durante crises de abstinência. É preciso frizar que a maconha é uma porta de entrada para um vicio maior.

Se toda essa explicação não foi suficiente terei de apelar a algo visual.

Amy Whinehouse hoje e antes das drogas.
As pessoas que defendem essa ideia talvez se esqueçam do potencial destrutivo das drogas, e não venham me falar que a ideia somente se refere a maconha, pois vagabundo vai preferir comprar na mão do trafica que sai mais barato que comprar um maço de cigarro industrializado pela Souza Cruz.

Então onde se consegue uma erva, será fácil de se adquirir um papelote de pó ou de pedrinhas de crack (a nova sensação entre os doidões) se você que defende essa ideia não é cara-de-pau filho da puta de dizer que é mentira, sabe bem que essas drogas mais pesadas destroem o corpo, a sanidade e até a alma de uma pessoa que se torne dependente.

Isso é querer banalizar algo muito mais sério que a fumadinha inocente do filhinho de papai depois da escola. Até porque se esse filhinho tiver a tendência ao vício o cigarrinho será o primeiro passo que o levará a vender até sua privada ou a sua namorada a um traficante, ou o fundo do poço roubar e matar para obter mais drogas.
Não pretendo convencer uma pessoa que defenda a liberação caso ela seja usuária. Ela apenas deseja ter facilidade em satisfazer seu vicio e viver com um status de cidadão com direitos e sem a culpa de que ela é um dos pilares que sustentam a criminalidade juntamente com outros fatores que conhecemos.

O usuário é cúmplice do tráfico pois usa algo ilicito e vitima ao se tornar viciado ele não deve ser tratado como bandido e sim como um doente, mas acho que se dá liberdade demais e deveria haver alguma, mesmo que leve, punição talvez ser internado em uma clinica de reabilitação sem direito a questionar.

O bandido sempre irá existir, sempre irá achar uma oportunidade de ganhar dinheiro fácil. Se o tráfico acabar ele vai procurar outro meio. Para o viciado ficará as sequelas e o sofrimento de todos ao seu redor.


Nota: Sou radicalmente contra a liberação da venda da maconha, pois eu tenho pela certeza de que ela é o caminho de entrada para as demais; mas aceito a ideia de que cada um produza a sua e consuma em casa. Assim como não aceito que se gaste dinheiro público para tratar dependentes químicos.

Atualizado em 23/07/11

Amy Winehouse foi encontrada morta na sua casa, na manhã de hoje, em Londres. Ela tinha 28 anos incompletos.

Infelizmente ela não conseguiu se reabilitar contra as drogas. Ela no começo parecia um pouco mais graciosa, mas seu estilo de vida junkie a fez terrivelmente envelhecida e feia, e a morte dela não foi surpresa alguma.

Com sua morte fica o aviso, para que o assunto seja tratado com seriedade pelos ativistas da descriminalização, da sociedade e autoridades brasileiras.

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