Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Black Blocs: Qual a necessidade de justificar a baderna?



Tenho visto um pessoalzinho nas redes sociais fazendo de tudo para justificar a baderna e o quebra quebra cometidos nas últimas manifestações pelo Black Blocs.

Eu no passado já tomei corrida de PM quando vivia e estudava em D. de Caxias. A diferença é que nós não saíamos quebrando a cidade em represaria à violência da policia. Nós nos reagrupávamos em outro lugar e voltávamos ao local do protesto.

Então, eu que já levei no lombo por muito menos não aceito nenhuma justificativa para quebra quebra.

Qual a necessidade de justificar baderna? A quem querem convencer? E qual o interesse nisso?

Que anarquistas são esses que vão às ruas pedindo mais intervenção do Estado?

Eu não sou o Sérgio Chapelin e este não é o globo Repórter. Este é o Shogunidades e eu vou dizer a realidade que muitos querem camuflar:

Para mim está muito claro que o movimento dos Black Bloc é orquestrado, tanto pelo governo quando envia gente infiltrada para incitar tumulto, quanto por partidos da oposição. Muitos desses que estão aí nas ruas usando máscara do Guy Fawkes nunca leram um autor anarquista. Há nos protestos gente infiltrada, P2 (Policial a paisana) a mando do governo. Tem muito rebelde sem sem causa fazendo quebra quebra.



Num passado bem distante eu já fui anarquista. E de cara aprendi que para uma sociedade utópica como essa possa ser colocada em prática, exige algo que está sendo jogado no lixo pelos jovens Black Blocs: Respeito. E eles sabem disso.

A tática de enfrentar a policia tem como objetivo expulsar o cidadão comum das manifestações. O objetivo maior da violência é retirar das ruas gritos destoantes da agenda politica pratica por quem convoca esses protestos.

A esquerda sempre julgou ter o monopólio dos movimentos sociais, da revolta, da indignação. Desde 2011 quando começaram as primeiras manifestações apartidárias contra a corrupção toda a esquerda, não só a petista, começou a se sentir incomodada.

As manifestações anti-partidárias são um reflexo da insatisfação do cidadão com toda classe politica e todo o sistema de democracia representativa, mas é óbvio que a população sequer entende esses conceitos.

É lógico que a população irá ligar todo partido socialista ao PT. Pois na cabeça do cidadão os partidos de esquerda menores se apresentam hoje como um dia o PT já se apresentou.



O objetivo dos black blocs é o esvaziamento das manifestações populares e, mais do que isso, de suas bandeiras. Expulsaram da rua os gritos contra a corrupção, as exigências por um melhor serviço público e menos impostos.

O "Vem pra rua" infelizmente não é um "Junte-se a nós voluntariamente e manifeste-se também pelo que quiser!". Na verdade não passa de um "Junte-se a nós, que somos estatistas, fanáticos e socialistas, por uma causa que ninguém especificou qual é, e talvez corra o risco de contribuir para uma manifestação em prol de algo de que você discorda e cuja solução pode ser muito pior que o problema, e se não participar vamos considerá-lo um acomodado egoísta que quer que as coisas continuem ruins.

E ainda tem quem acredite que as manifestações de Junho começaram espontaneamente. O MPL, PSTU, PSOL e o Black Blocs agradecem pela sua boa vontade.

O objetivo e manter nas ruas manifestações totalmente partidarizadas, com uma agenda politica e estatista.

Manifestações legítimas acabam em violência, pois uma minoria mais agressiva acaba descambando para atos condenáveis. E essa falácia é vendida assim, como verdade.





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"Se a prudência da reserva e decoro indica o silenciar em algumas circunstâncias, em outras, uma prudência de uma ordem maior pode justificar a atitude de dizer o que pensamos." - (Edmund Burke)