Millor Fernandes:


Jornalismo, por princípio, é oposição – oposição a tudo, inclusive à oposição. Ninguém deve ficar acima de qualquer suspeita; para o jornalista, não existem santos.

domingo, 15 de dezembro de 2013

A esquerda e o crime (Francisco Razzo)

A esquerda e o crime.


Boa parte da violência no Brasil parte basicamente da percepção entre os criminosos de que há uma guerra contra uma certa “classe média burguesa” – categoria sociológica mítica referente ao “playboy”.

Ora, por ser uma “guerra”, então há uma espécie de “justificativa moral” no imaginário diabólico daqueles que praticam crime. Essa não é uma percepção muito diferente daquela que a esquerda, em geral, tem da ação revolucionária: “O ‘playboy’ tem um carro do ano, um tênis de marca e pode comprar celular caro por que roubou indiretamente da classe oprimida. Eu não tenho tênis, carro do ano e não posso comprar celular caro, portanto sou a classe oprimida”.

O crime torna-se a ferramenta desestabilizadora da esquerda e justificá-lo não é tão difícil diante da evidente desigualdade e injustiça social. É muito bem vindo para a mentalidade revolucionária a existência do agente criminoso como aquele que cumpre a função fundamental na propagação do pânico e do ressentimento moral no tecido das relações sociais.

A cooptação do crime comum pela esquerda tem sido uma das grandes jogadas ideológicas que põe a esquerda numa vantagem: o esquerdista não precisa mais atuar na luta armada, uma vez que cada criminoso armado é, indiretamente, um agente revolucionário. Cabe ao intelectual de esquerda apenas justificar ideologicamente a existência das ações criminosas.

(Francisco Razzo)


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